segunda-feira, 10 de outubro de 2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

1º Encontro - Figueira da Foz



Estávamos para aí no ano de 1977 (salvo erro, porque o PDI já não ajuda), quando o Smith se lembrou de convocar os disponíveis para o 1º Encontro dos Escuteiros do CCXI no exílio.
O lugar acordado foi a Figueira da Foz, e num Sábado para lá se dirigiram o Dinis, o Luís, o Oliva, o Pereira, o Quim (que veio de mota, como é visível na foto) e o Rogério. O Smith, como bom organizador que era, não apareceu! Tal facto viria a repetir-se mais algumas vezes em encontros futuros, em que ou não aparecia, ou se perdia e chegava tarde e a más horas! E, para começar em grande, assim aconteceu, pois era meia-noite quando fomos pela última vez à estação da CP da Figueira e do Smith nem sombra.
Com esta importante e inesperada baixa nos nossos efectivos, lá procurámos local para pernoitar, e o que nos pareceu melhor e mais prático foi em plena praia junto ao paredão, já na zona de Buarcos, onde então montámos a “barraquinha” (mais há frente explico o porquê do diminutivo) do Pereira.
Sendo a Figueira da Foz uma cidade com um Casino, deveria impor-se uma visita. Só que, devido às parcas possibilidades financeiras existentes na altura, desistimos da ideia e optámos por passar o tempo num dos primeiros jogos electrónicos de que há memória: aquele ecrã tipo televisor com uma rodinha de cada lado, que fazia movimentar um traço procurando acertar numa bola que ia e vinha ao longo do ecrã, simulando um jogo de ténis. Isto deve ter sido o precursor das PlayStations, e nós estivemos lá!
Do jantar de que já não recordo a ementa nem o local, sobrou-nos um enorme melão! Alguém terá dito que ele estava muito rijo e que teria de ser amaciado. Para isso, o Rogério, que era aluno de Agronomia, como tal com ligações ao “ramo”, sugeriu que se realizasse uma espécie de jogo de râguebi em que a bola seria o dito cujo. Assim, aí pelas quatro da manhã, em plena praia de Buarcos, foram avistados seis marmanjos aos trambolhões e a atirar com um melão à cara uns dos outros. Quando nos pareceu que a “bola” já estaria mais ou menos amolecida, lá serviu de sobremesa.
Como a madrugada já despontava, havia que passar pelas brasas, e lá fomos até à tal barraquinha do Pereira. E digo “barraquinha” porque era isso mesmo, só lá deveriam caber 2 pessoas e à rasca! E digo “deveriam” porque acabaram por lá entrar cinco! Só o Pereira, que devido a ser o dono da mesma (noblesse oblige) e por ser o mais avantajado de todos, teve de dormir ao relento dentro do saco-cama.
Mal ou bem lá se descansaram umas horitas, e quando a manhã do dia seguinte já ia adiantada e muitas pessoas circulavam pelo calçadão de Buarcos, deu-se a alvorada. E como a barraca estava mesmo encostada ao paredão, qual não foi o espanto de algumas pessoas quando viram o Pereira a “despir” o saco-cama e a ficar só em cuecas!
Depois de um banho nas águas geladas da Figueira, para despertar dos excessos e da noite mal dormida, preparámo-nos para a longa caminhada até à “terra” do Quim, onde era dia de festa na aldeia. O Quim, esperto, foi de mota a abrir e a indicar o percurso, e nós desgraçadinhos lá fomos atrás dele estrada fora (creio que ainda palmilhámos uns bons quilómetros), tendo chegado à povoação era já noite serrada.
Fomos agradavelmente surpreendidos pela recepção à nossa chegada, especialmente por parte de uma jovem muito simpática e “algo boa”, à qual começámos a fazer “olhinhos”. Sol de pouca dura, porque logo a seguir foi-nos apresentada pelo Quim como sendo a sua cunhada! Enfim! Anos mais tarde voltaria a encontrá-la em casa do Quim, em Faro, e só posso dizer que a impressão inicial que nos tinha ficado da sua simpatia se manteve. Ela é a simpatia em pessoa.
Mas a festa estava animada, e proporcionou-nos um resto de noite muito agradável, tendo-nos depois sido cedido um local para pernoitarmos. No dia seguinte seria o regresso às nossas casas, levando na bagagem o sentimento de que tínhamos iniciado e tornado possível o slogan de que “só as montanhas jamais de encontram”.
E foi mais ou menos assim, tirando alguns pormenores a acontecimentos que a memória já não alberga, que se passou o nosso primeiro encontro em terras de Portugal. Seria o precursor de muitos mais que ao longo dos anos se vêm realizando e que têm feito manter acesa a chama da amizade e da camaradagem dos “velhinhos” do CCXI, e que permitiram também o conhecimento e o contacto com as famílias que entretanto fomos criando.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O ex-CCXI está vivo!


Este fim de semana foi particularmente quente, em todo o Portugal. Oliveira de Frades, aqueceu um pouco mais, graças ao Encontro anual dos Escuteiros do ex-CCXI.
Para além dos anfitriões: a família Pereira, o calor humano ficou a dever-se a João Ribeiro e esposa, José Barradas e esposa; José Braz, Manuel Ribeiro e respectivas esposas, Alfredo Daniel (Smith) e seus sobrinhos Patrícia e David, Fernando Bastos, José Dinis, José Guerra, Luís Bastos, Mário Russo, Nelson Mendonça, Nuno Santos e Rogério Andrade.

As actividades iniciaram-se na noite de sexta feira, pois a gastronomia de Lafões faz recordar a nossa Huíla. Contudo, o sábado proporciona a maior concentração dos amigos de infância/juventude que se reúnem na nossa sede no “Ultramar” e, por isso, nos esforçamos por cumprir um programa aliciante (para além dos pitéus).
Depois de apreciar a versão local do churrasco da Arimba, dirigimo-nos à Feira Medieval (cartaz anexo). Apesar da aprazibilidade do local – zona verde servida por um irmão do Mucufi – foi necessária alguma capacidade de desenrascanço para usufruir de uma sombra e ter pena de alguns protagonistas da Feira, cujas vestes expressavam bem a imagem da época, mas provocavam excesso de suor. E certamente, sede. Nós, mais desportivamente trajados, tivemos muita sede. Depois de fazer o câmbio dos euros pela moeda local, tivemos acesso a cerveja fresca servida em copos fabricados em material da região – argila negra? E a certa altura, o Rogério decidiu oferecer-nos vinho!!!!!!!! Apesar de fresco, as recusas foram várias. Ninguém queria correr o risco de “fazer misturas”. Não há provas de que o Rogério tenha deitado o vinho ao rio…

Para abrir o apetite, organizou-se um “torneio internacional” de jogo da MALHA!
Dado o valor dos contendores, foi necessário constituir uma equipa de juízes de prestígio internacional. (Não é conhecida a realização de qualquer jantar, fora das instalações do Encontro!)
A vitória foi atribuída a uma dupla muito conhecida desde os tempos da “RODA”:
Braz/Pereira.


O jantar foi, simultaneamente, um momento de trabalho. No seguimento das decisões tomadas o ano passado, continua-se a reunir o espólio do CCXI. O Barradas trouxe imenso material e muitas, muitas novidades para a maioria de nós. Por exemplo: quem sabia que o 1º programa radiofónico de escuteiros foi “Juventude em Foco”, no Rádio Clube da Huíla?

Creio que já era domingo, quando começámos a “lutar” com as imensas sobremesas, que iam sendo colocadas na mesa, enquanto os diversos oradores relatavam a história do movimento juvenil na ex-Sá da Bandeira, onde se incluía o Escutismo. Antes do almoço, a disciplina adquirida nas imediações da Sé Catedral, viabilizou uma reunião onde se fizeram projectos.

De imediato, todos nos devemos envolver na recolha de recordações das nossas actividades entre 1964/65 e 1975.
Todas as formas de contribuição são válidas. Admite-se que as TIC sejam a via privilegiada, mas ninguém deve alegar dificuldades nesta área ou questões de perfeccionismo para não colaborar: grão a grão, enche a galinha o papo. É ou não verdade?
E estejamos todos descansados, que de entre nós há quem cuide de dar ordem às mais desordenadas contribuições. VENHAM LÁ ESSAS HISTÓRIAS!

Por este andar, quem sabe se um dos próximos encontros não será no Lubango. Estejam alerta OLIVA e PERES!

Nota importante:despedimo-nos de Oliveira de Frades, visitando a campa do saudoso chefe Artur Pereira. Fundou o Agrupamento de Escuteiros de O. Frades, que completou nesta data o 10ºaniversário.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A mochila já está pronta

Amanhã, por esta hora já estaremos na estrada.

Como se constata, a dinâmica do blog é fraca ou nula.
Decidi oferecer uma PRENDA a quem - por aqui passasse:o POEMA que o VALÉRIO dedica a todos que estarão em Oliveira de Frades. E aos que - como ele - por razões ponderosas, não podem participar no "acampamento" deste ano


Queridos Irmãos Escutas

Ontem
foram curtas as horas
e hoje
longas não serão as horas
e amanhã
já as horas faltarão
para dizer-vos
oh! manhãs do meu suporte
como vos tenho no coração
como sois a sorte
de no desencontro
serem amarração.