terça-feira, 31 de julho de 2007

PASSATEMPOS (do tempo) DA NOSSA JUVENTUDE

Depois de uma caminhada - já não estou para correrias - pela zona arborizada do Parque das Nações, fui para dentro do carro descansar à sombra.
Que vejo eu?
Um casal de jovens em plena rotunda, em poses que mentes perversas poderiam considerar exibicionistas. Antes de entrar em pormenores quero explicar, a quem não conhece, que nesta zona ribeirinha exibem-se vaidades (bicicletas, equipamentos, corpos elegantes...) e mazelas (efeitos da boa alimentação mediterrânica e do PDI). De vez em quando encontra-se um ou outro praticante de yoga, em meditação, ou grupos de jovens a disputar uma partida de futebol, nos magníficos relvados - passe a publicidade.
Pois este casalinho (Namorados? Irmãos) certamente, amigos da prática do mesmo desporto, aproveitou a aprazível sombra, oferecida por frondosas árvores que preenchem quase toda a rotunda, para andarem à tareia! Não sei que luta era aquela, mas o exercício constava única e simplesmente de a moça tentar acertar na cara do rapaz, de mão aberta, e ele defender-se, acertando-lhe também de mão aberta nos pulsos. Escusado será dizer que, a certa altura, a moça decidiu colocar a protecção nos braços. Estive ali, a vê-los, mais de meia hora. Discretamente, mas a lembrar-me dos meus tempos...na sede do CCXI.
A certa altura, do longo período das férias grandes, cansados de jogar aos matraquilhos ou ping-pong decidimos organizar sessões de boxe. O ringue era apertado, entre a mesa e o jornal de parede. As regras condiziam com o equipamento: só se podia acertar na parte alta do tronco E...aí vem o melhor: as luvas!
Não faço ideia por que razão existia na sede um par de joelheiras e outro de cotoveleiras de guarda-redes de futebol. Ora, uma joelheira para a mão direita - a mais forte, por regra - e uma cotoveleira para a esquerda. Já não me lembro se havia árbitro, mas todos os assistentes se tornavam, rotativamente, praticantes.
Não me lembro de alguém se ter ferido ou zangado com o opositor. E assim se passava o tempo, nos bons anos 60: sem playstations!

2 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Jose Guerra disse...

Não há quem se lembre desta "cena"?
Venha de lá 1 comentário.