domingo, 29 de julho de 2007

A VERDADE SOBRE...


… o incidente da viagem de bicicleta entre o Lubango e Moçâmedes

Há cerca de 1 ano estávamos a descer a Serra da Leba, cuja estrada era na altura a melhor de Angola, uma verdadeira pista não fosse o risco de aparecerem animais a atravessá-la.

O Hélder Braz decidiu contar a aventura da rapaziada do CCXI e em tom trágico-cómico pôs enfâse no meu desfalecimento. Tentámos reconhecer as pontes onde almoçámos no 2º dia de viagem e a que me abrigou. Parecem ser, agora, em mais quantidade mas iguais em quantidade de água.

Para quem não sabe ou não se lembra:

Descemos a Serra da Leba, quando a estrada ainda estava em construção. Não foram raras as vezes em que atravessámos o entulho com as bicicletas às costas. Para aumentar a adrenalina caiu uma carga de água, exactamente nessa altura. Tentámos defender-nos com umas capas de plástico transparente, mas não resultou.

Dormimos numa fazenda na Tampa, sopé da serra. E partimos cedo, pela manhã. Depois de alguns quilómetros percorridos, almoçámos debaixo de uma determinada ponte. Só que, apesar do sol, a ameaça de chuva (pelo menos aos olhos do Pe. António) crescia. Ficou decidido partir, apesar da brasa. Eu, que já apresentava sinais do que vou explicar mais adiante, recebi ordens de abrir o caminho. Não sei quantos kms fiz, sei que, assistido pelo carro-vassoura, fui descansar, melhor respirar para baixo da ponte. Quando a caravana chegou ao pé de mim, eu e a bicicleta fomos para o Caraculo na R4 do Chefe Celestino. O Pe. António não me perdoava o facto de eu me ter baldado à prova de ciclista exigida a todos os participantes. Mas…a verdade é…que não à prova de ciclista que “resista” ao problema que me assolou e que, ainda hoje, sobrevive apesar de uma cirurgia – desta vez, feita por um otorrinolaringologista e não pelo Dr. Farrica, que me operou aos 6 ou 7 anos. Face à carga de água que apanhei, o meu nariz entupiu, qual carburador!

Não era um problema de pernas ou de caixa. O ar quente só entrava pela boca e secava-ma com rapidez. Portanto, o aparelho respiratório apresentava deficiências, talvez superáveis com um tempo mais ameno. Esperá-lo no deserto é … milagre. Por isso, fui-me deitar mais cedo a respirar o cheiro das ovelhas caracul, algo muito célebre na época!

4 comentários:

Anónimo disse...

Braavo ... Braavo ... Bravo Bravíssimooooooooooo ... Bravo.

Pois é ... essa do cheirinho das ovelhas do Caracul deixou-me a pensar se não seria também remédio para muitas alminhas a precisar de serem ... como direi ... estimuladas ... ehehehehehe

Teixeira Homem disse...

Clicando em cima da foto e ampliando-a, percebe-se que quem está à frente é o Valério à direita e o Bastos à esquerda.
Parece-me que o Guerra é o que está mais à direita ... "à beira do `precipício´"... ehehehe
Alguém me sabe dizer a data deste celebérrimo acontecimento?
Canhota

Jose Guerra disse...

Oh! TH esta rapaziada está toda na praia, não liga aos enganos no blog.
Penso que é o Pargana, à esquerda, e o Quim á direita.
Quem está junto do precipício parece-me ser o Marcelino (parente do guarda-redes do Benfica do Lubango) e acho que sou eu, atrás do Quim.
O Hélder, sempre vaidoso, levantou o braço! O Pereira ou o Dinis , à esquerda deleA qualidade da foto não é das melhores e a das minhas lentes também não.

Luis Bastos disse...

Cá estou EU a mandar mais uns bitaites.
Desta vez o PDI afectou-te a ti, Fiquico, pois o Guerra é que tem razão: à esquerda está mesmo o Pargana e não EU, porque o EU foi eliminado nas provas de selecção da ida a Moçamedes - Certo dia fizemos uma prova de experiência até à Senhora do Monte, mas por alturas da Escola Industrial Artur de Paiva o EU, teve de voltar para a nossa sede, porque as pernas já não aguentavam mais. Ao chegar à sede tive uma quebra de tensão que quase me levou a desmaiar, e assim cheguei à conclusão de que não tinha "pedalada" para ir até Moçamedes.
AH! Mas a culpa não foi só das pernas, mas do sacana (já não me lembro quem) que me arranjou uma bicicleta "roda 28" (mais conhecida por pasteleira), em que nem sequer chegava com os pés ao chão. Enquanto isso, os demais passeavam-se com veículos topo de gama! Assim também eu! (Se calhar)

Best canhotas.