terça-feira, 31 de julho de 2007

PASSATEMPOS (do tempo) DA NOSSA JUVENTUDE

Depois de uma caminhada - já não estou para correrias - pela zona arborizada do Parque das Nações, fui para dentro do carro descansar à sombra.
Que vejo eu?
Um casal de jovens em plena rotunda, em poses que mentes perversas poderiam considerar exibicionistas. Antes de entrar em pormenores quero explicar, a quem não conhece, que nesta zona ribeirinha exibem-se vaidades (bicicletas, equipamentos, corpos elegantes...) e mazelas (efeitos da boa alimentação mediterrânica e do PDI). De vez em quando encontra-se um ou outro praticante de yoga, em meditação, ou grupos de jovens a disputar uma partida de futebol, nos magníficos relvados - passe a publicidade.
Pois este casalinho (Namorados? Irmãos) certamente, amigos da prática do mesmo desporto, aproveitou a aprazível sombra, oferecida por frondosas árvores que preenchem quase toda a rotunda, para andarem à tareia! Não sei que luta era aquela, mas o exercício constava única e simplesmente de a moça tentar acertar na cara do rapaz, de mão aberta, e ele defender-se, acertando-lhe também de mão aberta nos pulsos. Escusado será dizer que, a certa altura, a moça decidiu colocar a protecção nos braços. Estive ali, a vê-los, mais de meia hora. Discretamente, mas a lembrar-me dos meus tempos...na sede do CCXI.
A certa altura, do longo período das férias grandes, cansados de jogar aos matraquilhos ou ping-pong decidimos organizar sessões de boxe. O ringue era apertado, entre a mesa e o jornal de parede. As regras condiziam com o equipamento: só se podia acertar na parte alta do tronco E...aí vem o melhor: as luvas!
Não faço ideia por que razão existia na sede um par de joelheiras e outro de cotoveleiras de guarda-redes de futebol. Ora, uma joelheira para a mão direita - a mais forte, por regra - e uma cotoveleira para a esquerda. Já não me lembro se havia árbitro, mas todos os assistentes se tornavam, rotativamente, praticantes.
Não me lembro de alguém se ter ferido ou zangado com o opositor. E assim se passava o tempo, nos bons anos 60: sem playstations!

domingo, 29 de julho de 2007

A VERDADE SOBRE...


… o incidente da viagem de bicicleta entre o Lubango e Moçâmedes

Há cerca de 1 ano estávamos a descer a Serra da Leba, cuja estrada era na altura a melhor de Angola, uma verdadeira pista não fosse o risco de aparecerem animais a atravessá-la.

O Hélder Braz decidiu contar a aventura da rapaziada do CCXI e em tom trágico-cómico pôs enfâse no meu desfalecimento. Tentámos reconhecer as pontes onde almoçámos no 2º dia de viagem e a que me abrigou. Parecem ser, agora, em mais quantidade mas iguais em quantidade de água.

Para quem não sabe ou não se lembra:

Descemos a Serra da Leba, quando a estrada ainda estava em construção. Não foram raras as vezes em que atravessámos o entulho com as bicicletas às costas. Para aumentar a adrenalina caiu uma carga de água, exactamente nessa altura. Tentámos defender-nos com umas capas de plástico transparente, mas não resultou.

Dormimos numa fazenda na Tampa, sopé da serra. E partimos cedo, pela manhã. Depois de alguns quilómetros percorridos, almoçámos debaixo de uma determinada ponte. Só que, apesar do sol, a ameaça de chuva (pelo menos aos olhos do Pe. António) crescia. Ficou decidido partir, apesar da brasa. Eu, que já apresentava sinais do que vou explicar mais adiante, recebi ordens de abrir o caminho. Não sei quantos kms fiz, sei que, assistido pelo carro-vassoura, fui descansar, melhor respirar para baixo da ponte. Quando a caravana chegou ao pé de mim, eu e a bicicleta fomos para o Caraculo na R4 do Chefe Celestino. O Pe. António não me perdoava o facto de eu me ter baldado à prova de ciclista exigida a todos os participantes. Mas…a verdade é…que não à prova de ciclista que “resista” ao problema que me assolou e que, ainda hoje, sobrevive apesar de uma cirurgia – desta vez, feita por um otorrinolaringologista e não pelo Dr. Farrica, que me operou aos 6 ou 7 anos. Face à carga de água que apanhei, o meu nariz entupiu, qual carburador!

Não era um problema de pernas ou de caixa. O ar quente só entrava pela boca e secava-ma com rapidez. Portanto, o aparelho respiratório apresentava deficiências, talvez superáveis com um tempo mais ameno. Esperá-lo no deserto é … milagre. Por isso, fui-me deitar mais cedo a respirar o cheiro das ovelhas caracul, algo muito célebre na época!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

APRUMADOS!


Esta é uma das poucas fotos que ainda tenho da nossa patrulha Pantera. Penso que me foi oferecida pelo nosso querido amigo Valério que deve andar cheio de trabalho mas, tenho a certeza, quando aparecer, vai ser em grande. E a rimar!
Segundo o Guerra, a foto é da patrulha que o Agrupamento CCXI levou ao acampamento da Huíla, que era para ser Jamboree e acabou por só ter patrulhas de Angola e Moçambique. Mas é possível ver-se o quanto eles são garbosos (da esquerda para a direita):
O grande explorador e sempre destemido "Bjeu"; o permanente aventureiro Guerra (aqui com 2 varas na mão - porque será?); o terceiro, é o Ernesto e, segundo o nosso amigo Guerra, ninguém sabe onde pára esta alminha. Dão-se alvissaras ... digo eu; segue-se o insubstituível "Smith" pendurado nas suas sempre "elegantérrimas" pernas; depois, ... bom ... depois ... pode-se ver o elemento com mais juízo naquela patrulha e que punha ordem em tudo ... o Teixeira Homem, eu, pois claro; ainda é possível ver o Bastos sempre muito compenetrado dos seus deveres e obrigações. Às vezes, coitado, até se esquecia dos seus direitos.
Bons tempos, boa vida, boa gente.
Uma canhota e ... Sempre Alerta.

O APERTO DE MÃO COM A "CANHOTA"

Durante o Verão de 1946, um jovem da África Ocidental (actual Namíbia) chamado Djabonar veio a Gilwell-Park, ao Campo Escola Internacional. Esperava ele vir a ser, mais tarde, Comissário Adjunto da Costa do Ouro.
Quando o Chefe do Campo falava acerca da maneira de se cumprimentar com a mão esquerda, Djabonar contou-lhe como, aquando da queda de Kumassi, capital de Prempeh, rei do povo Ashanti e seu avô, um dos chefes veio ao encontro de Baden-Powell e estendeu-lhe a mão esquerda. B.P. apresentou-lhe a mão direita, mas o chefe disse:
-"Não! No meu país, ao mais bravo entre os bravos, cumprimenta-se com a mão
esquerda".
Entre as numerosas explicações do aperto da mão esquerda dos Escuteiros, não há dúvida de que esta narração seja a da sua origem.Quando da minha estadia em África, em Fevereiro/Março de 1947, encontrei-me com Prempeh II, que havia sucedido a seu tio na qualidade de rei dos Ashantis. Ele próprio havia sido Escuteiro e é actualmente Comissário Honorário.Perguntei-lhe a origem deste cumprimento que os seus compatriotas trocavam com a mão esquerda e relatei-lhe a história que conhecia.
Ele surprendeu-se que um Europeu a conhecesse e explicou-me que isso era um sinal secreto duma Ordem de Nobreza de raça entre os Ashantis, sendo os seus superiores os mais corajosos e os mais dignos.

Mas este sinal não é limitado aos indígenas Ashantis, porque eu observei este costume, denominado «Owor Ogum». «Owor Ogun» é o deus dos guerreiros e dos caçadores, e, não há muito tempo, quando o Sr. Blair, Administrador Territorial em Ibadam, regressava duma caçada ao leopardo, encontrou um velho caçador que o saudou dizendo «Owor Ogun» e apresentando-lhe a mão esquerda, querendo significar, desse modo, que o Sr. Blair era um caçador de valor e digno de tomar lugar entre os grandes caçadores.

Em Ife, também o cumprimento com a mão esquerda é dado pelo «Oni» - Chefe Supremo - aos seus sub-Chefes.Há provavelmente muitos outros exemplos deste costume entre os nativos da África Ocidental, mas é curioso que, se para os maometanos a mão esquerda é impura, ela é, em todas as tribos da África Ocidental, um sinal de honra entre os homens de honra, facto que não foi conhecido senão muitos anos mais tarde e depois duma guerra em que, por toda a parte, os Escuteiros se revelaram «os mais bravos entre os bravos» e dignos de figurar entre os homens de honra de todos os países.

in Flor de Lis, Nov. 1992

segunda-feira, 16 de julho de 2007

PARA OS PATA -TENRAS ...

30 dicas úteis para acender uma fogueira

1. Parte os ramos em bocados mais pequenos.
2. Com uma faca-de-mato lasca um ramo para obter acendalhas.
3. Coloca um penso-rápido no polegar direito.
4. Corta os troncos em bocados com menos de 50 cm de comprimento.
5. Desinfecta a ferida do pé esquerdo e coloca-lhe um penso.
6. Com as acendalhas obtidas no ponto 2, faz uma estrutura em pirâmide.
7. Por cima da pirâmide de acendalhas, coloca uma segunda pirâmide com os ramos partidos obtidos no ponto 1.
8. Volta a fazer a pirâmide que entretanto desabou.
9. Acende um fósforo.
10. Acende outro fósforo.
11. Evita dizer obscenidades: o Escuta é puro nos pensamentos, nas palavras e nas acções.
12. Acende mais outro fósforo, protegendo-o da brisa que sopra suavemente.
13. Aproxima o fósforo da pirâmide de acendalhas, incendiando-as.
14. Sorri de felicidade.
15. Com suavidade, sopra para a base da pirâmide, para dar mais força ao fogo.
16. Aplica pomada para queimaduras na ponta do nariz.
17. Sopra mais um bocado, mantendo uma distância de segurança entre o nariz e o fogo.
18. Suspira de alívio, enquanto as chamas se propagam.
19. Coloca mais ramos, um pouco mais grossos, em cima da pirâmide.
20. Tenta remediar o desabamento total da pirâmide que provocaste no ponto 19.
21. Agora que descobriste que se acabaram os ramos de dimensão média e que o fogo ainda não arde com segurança, vai ao mato procurar mais ramos.
22. Regressa em passo de corrida, pois já te afastaste da fogueira há tempo demais e entretanto começou a chuviscar.
23. Resmunga baixinho, perante o fogo apagado.
24. Repete os passos todos a partir do 9º, enquanto despejas discretamente para as acendalhas metade da garrafinha de álcool etílico que trouxeste para assar uma chouriça na tenda às escondidas do chefe.
25. Aplica pomada para queimaduras na mão esquerda.
26. Muda-te para o outro lado da fogueira, para fugir ao fumo.
27. Volta para onde estavas.
28. Volta a mudar de posição.
29. Resigna-te com a atracção irresistível que o fumo parece ter por ti.
30. Coloca na fogueira os troncos mais grossos e refugia-te na tenda para escapar à chuva forte que entretanto começou a cair, estragando os planos para o Fogo de Conselho

DO NOSSO CANCIONEIRO ... (3)

PARA MIM ÉS BOM COMPANHEIRO

Para mim és bom companheiro!
Para mim és bom companheiro!
Para mim és bom companheiro!
Não há ninguém melhor...

Não há ninguém melhor...
Não há ninguém melhor...

Para mim és bom companheiro!
Para mim és bom companheiro!
Para mim és bom companheiro!
Não há ninguém melhor...


***

IVA ........................... PÉ DIREITO FRENTE
NOV .......................................... PÉS JUNTOS
PICOLO ............... PÉ DIREITO P/DIREITA
COSSACO ................................. PÉS JUNTOS
BAILANDO .......... PÉ ESQUERDO FRENTE
NA ESTEPE ............................. PÉS JUNTOS
BATENDO .. PÉ ESQUERDO P/ESQUERDA
LO SACO ....................................PÉS JUNTOS

(repetir acelerando ritmo)

****

MARIANA MEU AMOR
VAMOS EMBORA
ESTÁ NA HORA... ESTÁ NA HORA....
TIRA A CHAVE DO BAÚ
PÕE NO ARMÁRIO
E O GATO NA GAIOLA DO CANÁRIO
(TCHI TCHUAU.... TCHI TCHUAU)

(abanando no final partes do corpo até ter corpo todo em movimento)

ENTÃO?

.
Está tudo em férias?
.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

DO NOSSO CANCIONEIRO (3) ...

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LÁ BELLA POLENTA

Quando si pianta la bella polenta - lá
Bella polenta si planta - cosi -
Si pianta - cosi -
Ai - ai - ai - bella polenta - cosi
Kçá - kçá - pum - kçá - kçá - pum - kçá - kçá - pum

Quando si cresce...
Quando si flora...
Quando si tralha...
Quando si trilha...
Quando si coze...
Quando si manja...
Quando si gusta...
Bella polenta cosi
***
FERNANDO SÉTIMO

Quando Fernando sétimo usava palitó
Quando Fernando sétimo usava palitó
Quando Fernando sétimo usava palitó
Palitó
Usava palitó

(a) (e) (i) (o) (u)
***
CANÇÃO DO ADEUS

Chegou a hora do adeus
Irmãos vamos partir
No abraço dado em Deus
Irmãos vamo-nos despedir

A Deus que fez a bela amizade
Nós vamos pedir
Nos guarde em unidade
E que nos torne a reunir

Adeus irmãos tenhamos fé
No nosso belo ideal
Por nós será melhor
A juventude em Portugal

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terça-feira, 10 de julho de 2007

DO NOSSO CANCIONEIROS (2) ...


HINO DO FOGO

Ao redor da fogueira, vimos ouvir os conselhos
Que nos dão os nossos chefes, nossos irmãos mais velhos.

O luz beleza, clara certeza, rumo do nosso mar.
Bendita seja a luz benfazeja, a tua chama no lar.

Alumia e aquece ... o fogo tem graça e cor.
Ritmo da vida que cresce, símbolo de paz e de amor.

Sobe do lume a chama, pregão de luz e pureza...
Sejam assim nossas almas, de escutas bons de certeza.

***

HINO DA PROMESSA

Minha promessa atende/meus Deus, Deus meu
E sobre mim estende/o manto teu.

Eu te amo e quero amar/cada vez mais
Não deixes de escutar/Senhor meus ais.

Juro seguir teus passos,/como cristão
E depor em teus braços/meu coração.

Defende-me do mal/Jesus meu Rei,
Que em prol de Portugal/batalharei

Minha alma toda cega/de fé e de amor,
Hoje e sempre se entrega/a Voz, Senhor.

***

FLOR DA FRAGÂNCIA

Somos a flor da fragrância
Que se difunde à distância
Pulsa-nos dentro do peito
Um coração que anda a feito.
Aos heróicos sacrifícios

De vencer paixões e vícios
E na mais renhida peleja
Pela pátria e pela Igreja

Nos combates da virtude
Conquistamos a saúde
E ganhamos cada dia
O doce pão da alegria.

Queremos a alma no olhar
Limpidamente a brilhar
Encantadora a sorrir
Bela aurora do provir


A MADRE FURTADO, OU COMO ENTREI PARA O ESCUTISMO

Corria para aí o ano de 1964, mais coisa menos coisa, que nisto das datas já se nota uma certa influência do PDI, concluída a minha Comunhão Solene, já não tinha de frequentar as aulas de catequese, pelo que depois da missa dominical não havia assim muito em que entreter o tempo. Por isso era ir assistir à missa com os meus pais e, acabada esta, e após os mais velhos da família Bastos, que normalmente se encontravam no adro da Sé, terem posto a conversa em dia, regressava-se a casa.
Eis senão quando, um certo Domingo após a dita missa, e quando já me preparava para zarpar para o Bairro do Benfica onde então morava, se acerca de mim uma madre muito pequenina saltitando no seu passo curtinho. E a conversa que se seguiu foi mais ou menos assim:

- Bom dia menino! Bom dia madre! Então o menino não vai à catequese? Não madre, já não tenho catequese porque acabei de fazer a Comunhão Solene. Então agora não tem nada que fazer depois da missa, pois não? Não senhora! E o menino não quer entrar para os Escuteiros? Oh madre, o que é isso dos Escuteiros, nunca ouvi falar! Então venha comigo que vai ver que fica a gostar! E nunca mais de lá saí!
E assim fui "agarrado"! Está-se mesmo a ver quem era a dita madre. A arregimentadora oficial de putos para o Escutismo, a MADRE FURTADO! E digo isto porque não foi só a mim que ela convenceu. Acho mesmo que a maior parte dos que entraram naquela altura e que viriam a formar a Patrulha Veado, foram "contratados" por ela. E mesmo os da primeira Patrulha, a Lobo.
Só que fomos de certa maneira induzidos em erro. É que pensávamos que se tinha acabado a "seca" da catequese, mas não havia Domingo nenhum em que, antes das reuniões de Patrulha, a madre Furtado não nos desse a nossa "horinha" de catecismo. Mas do mal o menos, sempre era preferível aturá-la a ela que ao Padre Geraldes e aos seus puxões de orelhas e carolos.
Mas agora e falando um pouco mais a sério, acho que o Agrupamento CCXI do Corpo Nacional de Escutas de Sá da Bandeira muito deve a esta Senhora, pois sem ela muitos de nós possivelmente teríamos passado ao lado desta magnífica vivência que foi e continua a ser a nossa passagem pelo Escutismo. Era a pessoa mais bondosa e afável que se possa imaginar e que aturava as nossas traquinices sempre com um sorriso nos lábios. Pena foi que depois de algum tempo, certamente devido aos seus afazeres como madre no Colégio Paula Frassinetti, nos tenha deixado e só os mais velhos se lembrem dela e tenham tido este contacto magnífico com esta excelente Senhora.
Aqui lhe deixo um BRAVO, BRAVÍSSIMO!
Infelizmente não possuo nenhuma foto em que ela esteja presente, para poder colocá-la aqui. Daqui apelo ao Ch. Ribeiro e ao Barradas, os nossos mais "velhinhos", para que, caso possuam alguma, a façam chegar ao nosso blog, pois sendo função deste a edição das nossas memórias, acho que seria de inteira justiça que a Madre Furtado aqui estivesse presente.

A HISTÓRIA DA CANÇÃO "GING GANG GOOLIE"

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A história

Ging Gang Goolie é uma canção conhecida e cantada em todo o mundo, que foi inventada por B.P. por ocasião do primeiro Jamboree Mundial. Esta, foi inventada para que todos pudessem cantá-la, daí não ser escrita em nenhuma língua, o que a torna bastante divertida.
A história por trás desta canção foi criada mais tarde...
Numa escura e longínqua selva Africana existe uma lenda que conta a história do "Fantasma do Grande Elefante Cinzento". Todos os anos após a época das grandes chuvas, o fantasma do elefante surgia da bruma pela madrugada e vagueava pela selva. Quando chegava a uma aldeia parava, levantava a tromba e cheirava... "func"! Depois decidia se atravessava a aldeia ou se a contornava. E, se ele atravessasse a aldeia, significava que o ano ia ser mau, haveria fome, doenças e as colheitas seriam péssimas devido à seca, pestes ou quaisquer outras desgraças; mas se pelo contrário ele contorna-se a aldeia, significava que o ano seria próspero.
A aldeia de Wat-Cha tinha sido atravessada pelo fantasma durante três anos consecutivos e as coisas começavam a ficar realmente más para os habitantes. O chefe da aldeia, Ging-Gang, e o feiticeiro, Sheyla, estavam bastante preocupados, uma vez que o dia do elefante estava de novo a aproximar-se. Juntos decidiram que era preciso fazer alguma coisa para que o fantasma não voltasse a atravessar a aldeia.
Os guerreiros da aldeia, que eram homens grandes como hipopótamos rechonchudos, usavam um escudo e uma lança e decidiram que se iriam colocar no caminho do elefante para o assustarem, fazendo barulho com as suas lanças e escudos. Por sua vez, os discípulos de Sheyla iriam fazer magia para afastar o elefante agitando os seus bastões mágicos. Estes bastões tinham pendurados diversos enfeites e ao abaná-los faziam barulho... shalliwalli, shalliwalli, shalliwalli!
Finalmente o dia da visita do elefante cinzento chegou! Muito cedo, os habitantes levantaram-se e reuniram-se à porta da aldeia. De um lado estava Ging-Gang e os seus guerreiros, do outro estava Sheyla e os seus discípulos. Enquanto esperavam a chegada do fantasma, os guerreiros começaram a cantar baixinho os feitos heróicos do seu chefe... Ging gang goolie, goolie, goolie, goolie, watcha, Ging gang, goo, Ging Gang goo... Os discípulos de Sheyla não quiseram ficar para trás e começaram também a cantar... Heyla, Heyla Sheyla, Heyla sheyla Heyla ho, Heyla, Heyla sheyla, Heyla sheyla Heyla ho... e ao mesmo tempo abanavam os seus bastões... shalliwalli, shalliwalli, shalliwalli.
De repente surgiu da névoa o fantasma do grande elefante cinzento que ouvindo os cantos levantou a tromba e respondeu oompa, oompa, oompa... À medida que o elefante se aproximava, os guerreiros começaram a cantar mais alto e a fazer barulho com as suas lanças a bater nos escudos... Ging gang goolie, goolie, goolie, goolie, watcha, Ging gang, goo, Ging Gang goo... Os discípulos de Sheyla levantaram-se e começaram a sua magia... Heyla, Heyla sheyla, Heyla sheyla Heyla ho, Heyla, Heyla sheyla, Heyla sheyla Heyla ho... e ao mesmo tempo abanavam os seus bastões... shalliwalli, shalliwalli, shalliwalli.
Impressionado com tanto barulho o elefante começou a dar a volta a aldeia continuando a berrar... oompa, oompa, oompa...
Houve grande alegria entre os habitantes e todos juntos começaram a cantar... Ging gang, goolie...

Autoria do texto:
Dorothy Untershutz, dirigente na cidade de Edmonton, Alberta, no Canadá. Publicado na revista "Leader" com o título "The Great Grey Ghost Elephant", edição de Junho/Julho 1991, página 7. Ilustrações retiradas da edição de Janeiro 2000 da revista inglesa "Scouting Magazine", num artigo sobre esta mesma história.

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Para cantares esta música no teu grupo, secção, agrupamento basta que o dividas em dois grupos: um deles corresponde aos guerreiros de Ging Gang e o outro aos discípulos de Sheyla. Estes devem cantar a sua parte, respectivamente, de forma alternada quando surgir o elefante; o qual é interpretado pelos chefes, que cantam continuamente oompa, oompa, oompa... enquanto se dirigem aos guerreiros e aos discípulos. Posteriormente, o elefante deve desafiar os grupos cantando mais alto, os quais não se devem deixar vencer, começando, também, a cantar cada vez mais alto!

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segunda-feira, 9 de julho de 2007

DO NOSSO CANCIONEIRO (1) ...

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HINO DO SILÊNCIO

O dia chegou ao fim
Silêncio! A noite desceu
Boa noite ... paz em Deus ...
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GING GANG GOOLI

Ging gang gooli gooli gooli wattcha (bis)
Ging gang goo, gin gan goo
Heyla, heyla sheyla, heyla sheyla, sheyla ho (bis)
Heyla, heyla sheyla, heyla sheyla, sheyla ho (bis)
Shali walli, shali walli, shali walli ...
O mpah compah, compah ...

***

RADIOSA FLORAÇÃO

Radiosa Floração, gentil da vida
Dando frutos da glória verdadeira
À mocidade heróica e destemida
Ergue em triunfo a nacional bandeira
Almas cheias, de orgulhos sorridentes
Ao ver passar, falanges imponentes
Os seus filhos, num garbo deslumbrante
Escuteiro leal
Avante ... avante
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quinta-feira, 5 de julho de 2007

ENCONTRO ANUAL DO CCXI - OLIVEIRA DE FRADES


Com a ajuda preciosa do T. Homem, que me indicou como é que isto se fazia, cá me encontro a "blogar".

E como o n/ redactor principal (Guerra) não esteve presente no nosso encontro anual, por motivos familiares, vou tentar assumir provisoriamente esse papel para relatar sucintamente o que de mais importante se passou e viveu durante o fim de semana de 30 de Junho e 1 de Julho.

Sei que a intenção principal da criação deste blog foi a recolha das histórias que fizeram o CCXI. Mas acho que também não fica mal que se escreva aqui do passado mais recente, neste caso o nosso último encontro.

As hostilidades começaram na Albergaria Ulveira, em Oliveira de Frades, por volta do meio dia, com a recepção às entidades devidamente convocadas pelo E-mail do Dinis. Compareceram à chamada ( vamos a ver se não me esqueço de nenhum) o Brás, o Alfredo, o Oliva, o Nuno, o Dinis, o Teixeira Homem, o Russo, o Pereira, o Barradas, o Chefe Ribeiro e Eu, acompanhados pelas respectivas caras-metades. Como vêem, poucos mas bons. Mas com grande e grata surpresa apareceu mais um que andava desaparecido desde a "fuga" de Angola: o HUMBERTO RAMOS, mais um elemento a juntar à nossa lista dos "velhinhos do CCXI". Bem vindo Humberto e já não te deixamos escapar!

Feito o check-in havia que forrar as paredes dos estomagos (principalmente as do Nuno, que não se fartava de protestar sobre o atraso do almoço) fomos degustar um apetitoso "pito" tipo Casa Verde, acompanhado por um tintol de Silgueiros.

A parte da tarde foi passada a visionar CDs com fotos antigas dos acampamentos dos nosso Agrupamento (graças ao Ch. Ribeiro) e de alguns dos nossos encontros, inclusívé da recente viagem a Sá da Bandeira de alguns de nós. Só é pena e aqui fica o meu mais veemente protesto, que o Hélder nos tenha impingido o visionamento de um CD ocupado quase a 100 % com imagens de um tal de Sporting! Altamente lamentável!

Como previsto e porque era dia 30 de Junho, data de aniversário do Pereira, o jantar foi "Chez' Pereirá", onde se juntaram mais dois dos "antigos": o Bjeu e o Nelson Mendonça (com chegada retardada pois perdeu-se na saída da A-25 e acho que já ia a caminho de Viseu quando deu pelo engano), para além de outros amigos e familiares do anfitrião.

Sobre a ementa, escuso-me de a publicar para não deixar a salivar os ausentes. Só vos digo que havia por lá uns torresmos e uma broa que era de se lhe tirar o chapéu.

Mais para a noitinha, e após a afinação das vozes à custa de mais uns "silgueiros" e afins, seguiu-se a costumada cantoria, em que imperaram aos nossas velhas canções e algumas do espólio da Academia da Huíla, pois além de escuteiros também somos Maconginos. Mas, devido ao PDI, os nossos neurónios já não são os mesmos e isso reflectiu-se na qualidade das interpretações e na falha das letras. Fez muita falta o Rogério que, apesar da "avançada idade", ainda é o nosso melhor intérprete.

Após o "parabéns ao Pereira" e a oferta ao mesmo de uma lembrança de todos nós, acompanhada do discurso do Ch. Ribeiro, que maldosamente o pôs de lagriminha ao canto do olho, sem se dar por isso eram quase duas da manhã e resolvemos por isso pôr um interregno nas libações, pois amanhã também era dia.

DOMINGO - Após a alvorada, tardia como seria de esperar, e mais ou menos disfarçadas as "remelas", adquiridos os incontornáveis e apetitosos Pasteis de Vouzela e as belas cerejas de Resende, lá fomos a caminho de mais um repasto, desta vez na vila de Vouzela, numa quinta sobranceira à vila. Com muita pena, alguns já não estiveram presentes pois, devido a outros afazeres e compromissos, tiveram de se ausentar mais cedo.

Mesmo assim foi mais uma bela jornada, vulgo almoçarada, embora a vitela não estivesse grande coisa e o mousse de chocolate tivesse sido insuficente para contentar o Humberto, que só por vergonha não pediu um tuperwere ( não sei se é assim que se escreve) para levar para Oeiras o pouco que sobrou.

Como estava muita gente estranha ao nosso convívio na sala de refeições, tivemos que ser mais comedidos nas nossas manifestações, o que foi pena, pois nem parecíamos os mesmos da véspera. Proponho que de futuro nestas ocasiões reservemos uma sala só para nós, para assim podermos extravasar toda a nossa alegria e "pintar a manta".

Como os Kimbos de alguns ficavam a algumas centenas de Kms., deu-se por encerrada a sessão, eram cerca das 16 horas, antecedida pela Canção do Adeus, muito mal cantada e com muitas fífias.

Quanto a fotos que ajudassem a amenizar este já longo texto, desculpem-me mas para já não há. É que o fotografo oficial do encontro, o Humberto Ramos, ainda não está ligado à Net. Assim teremos de esperar que ele se ligue e que depois nos faça chegar as respectivas.

Com o acordo e a promessa de que para o ano há mais, e de novo em Oliveira de Frades, (parece-me que definitivamente o local por nós adoptado para revivermos e vivermos os nossos momentos) até lá, se não fôr antes!

´Nhotas.


P.S.- Das poucas e fracas fotos que tirei com o meu telélé, vou postar uma do Ch. Ribeiro.

terça-feira, 3 de julho de 2007

SEMPRE A TEMPO

Parece que há muita gente com muito que fazer, que ainda não arranjou tempo para seguir o trilho e encontrar a pista que os traga até aqui, não só para ler como também para escrever. Provavelmente não tiraram essas especialidades, admito eu.
Não sou um grande contador de "estórias" nem da História porque se há quem esteja perfeitamente atacado pelo PDI, eu sou um deles. Tenho alguma dificuldade em ligar factos a nomes, sejam eles de locais ou de datas. Vou ter de me socorrer nestas minhas "aparições" a algum apoio documental.
Trago-vos hoje, uma fotografia salvo erro do Crisma de alguns de nós. Na primeira fila, à esquerda, reconheço o meu irmão Zé Carlos que teve uma passagem breve pelos escuteiros porque foi logo a seguir para o Seminário do Jau.
Na segunda fila, à esquerda, com um olhar malandreco, o nosso amigo Hélder Brás. Não sei o que estaria ele nessa altura a pensar mas, quem o conhece sabe que, aquela cabecinha pensadora não pára. À sua esquerda, também na segunda fila e a olha para ele, está este vosso amigo, eu, o Teixeira Homem.
Segue-se mais malta do nosso tempo que não consigo identificar mas que, quem souber e quiser, pode perfeitamente fazê-lo nos comentários.
Para terem uma imagem melhor, cliquem por cima da foto que ela aumenta.
Uma canhota

segunda-feira, 2 de julho de 2007

AGRUPAMENTO CCXI - ESCUTEIROS de SÁ DA BANDEIRA: A PANTERA da ... PATRULHA PANTERA#links

AGRUPAMENTO CCXI - ESCUTEIROS de SÁ DA BANDEIRA

A nossa participação num blog dos Escuteiros e familiares é uma forma simples de convivermos no formato do século XXI. Poderão ser as nossas reuniões de patrulha ou de equipa de caminheiros, ou de chefes, ou o nosso fogo de conselho, todos virtuais. Parabéns ao Teixeira Homem pela boa ideia que se poderá transformar numa prática de convívio com muito interesse.
Há muitas histórias, ou estórias, por contar em prosa ou em verso sobre a nossa passagem pelo Lubango. O Barradas e o Chefe Ribeiro têm muito a contar que nos escapava, dada a nossa "tenra" idade. Algumas historietas do Liceu e da Escola Artur de Paiva ou Instituto Comercial também podem engrossar o Blog.
O Valério, e os outros poetas, podem dar vazão à sua criatividade. Por isso, mãos à obra.
Mário Russo

domingo, 1 de julho de 2007

A PANTERA da ... PATRULHA PANTERA

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Cabe a alguém da Patrulha Pantera, dar o pontapé de saída neste espaço de convívio, de recordações e de pesquisa de documentos que sejam e façam parte da HISTÓRIA do Agrupamento CCXI dos Escuteiros de Sá da Bandeira.


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Todos se recordarão, tenho a certeza, de um quadro pintado a óleo de uma pantera igual à que a figura reproduz que se encontrava no canto da patrulha do mesmo nome.
Provavelmente, poucos saberão que quem pintou esse quadro foi a minha mãe, Maria Iolanda, utilizando para o efeito este postal que o dividiu em áreas para o fidelizar o mais possível, coisa que penso que conseguiu.
É um postal que, tive a felicidade e a sorte de o ir conservando sempre junto de todas as recordações que guardo de Angola e que agora pode testemunhar essa "obra prima"
Embora não sendo uma grande pintora, desde muito cedo, mostrou enorme jeito para a pintura e para o desenho, tendo pintados alguns quadros que ainda hoje conservamos.
Recordo-me perfeitamente da dificuldade que eu tive de encontrar este postal pois, por mais que procurasse, apenas encontrava leopardos.
Quando este apareceu, comprei-o num ápice, e a minha enorme preocupação era que ela o pintasse ... imediatamente.
Tenho ideia que demorou pelo menos 1 mês a pintá-lo pois, tinha outras coisas para também fazer, obviamente.
Foi um dos meus meses mais longos dessa altura. Todos os dias desesperava com a sua conclusão.